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quarta-feira, 30 de junho de 2010

O grande gênio Nietzsche e seu imenso amor pelos animais "Quando Nietzsche chorou"




Poucos sabem ou divulgam a defesa dos animais proclamada por Friedrich Nietzsche, o mais polêmico filósofo da história moderna.
Vale a pena conferir os comentários do Dr. Laerte sobre o livro "Quando Nietzsche chorou" e conhecer um pouco mais as obras destes dois grandes autores. 
Mais um texto para a reflexão que, na verdade, serve para todos nós, religiosos ou não.
O estudo imparcial em busca do conhecimento e autoconhecimento, promove a nossa esperança em dias melhores, caso realmente coloquemos em prática o que entendemos como verdade.
O amor aos animais não pode ser desprezado como muitos ensejam. Não dá mais para continuarmos com a visão antropomórfica, como se apenas o homem fosse a razão da vida no planeta.
Veja abaixo e tire suas conclusões e, se possível, comente.
Por favor, leia pacientemente até o final, medite e passe à frente.
Se continuarmos calados, não mudaremos nada, não estaremos contribuindo para mudança de paradigmas.

Obrigado,
Bom estudo !



Quando Nietzsche chorou
22 de fevereiro de 2010

O filósofo alemão Friedrich Nietzsche (1844-1900), decepcionado com a civilização ocidental, dizia em seu último livro Assim Falou Zaratustra (1891) que a humanidade é doentia, feia e infeliz, enquanto os animais livres, ainda não contaminados pelo homem, são sadios, bonitos e felizes. Tido como louco, ele acabou sendo equiparado a um “profeta do mal” ao criticar o falso moralismo e o intelectualismo horizontalista que impedem a ascensão humana. Suas outras obras foram A Gaia Ciência (1882), Além do Bem e do Mal (1885), A Genealogia da Moral (1887) e Ecce Homo (1888).
Na tentativa de decifrar a alma atormentada do filósofo, o psicoterapeuta Irvin Yalon pôs-se a escrever, em 1992, o livro Quando Nietzsche chorou.  A narrativa ficcional trata do encontro entre Nietzsche e seu médico particular Joseph Breuer, no verão de 1882, em Leipzig.  Naquela época Nietzsche, professor da universidade local,  apaixona-se por Lou Salomé sem, entretanto, ser correspondido. Em suas confidências a Breuer, mentor de Sigmund Freud, ele alega que a melancolia faz parte de sua vida e que acredita ter vindo ao mundo antes do tempo, daí a sua irremediável solidão.
Esse livro inspirou um filme homônimo, cujo roteiro é uma profunda sondagem da psique humana na busca do que se pode denominar autoconhecimento. O filósofo- paciente e o médico que se torna, paradoxalmente, paciente do filósofo. A doença que afasta o professor da cátedra e os alunos que o abandonam. O médico que se vê, subitamente, doente da alma.  Conversações. Descobertas. Frustrações. Muros de silêncio. E uma presença perturbadora que se mistura à própria paixão. Amar o amor fugidio e belo, o amor triste e desesperançado, o amor carnal que se imortaliza e morre. Mas depois disso tudo, o que nos resta?
Resta-nos descobrir aquilo que, na hierarquia dos sentimentos, é o sentimento supremo.  A resposta é dada pelo escritor Milan Kundera, nas páginas memoráveis de A insustentável leveza do ser:  “Nas línguas derivadas do latim, compaixão significa que não se pode olhar o sofrimento do próximo com o coração frio, ou seja, sentimos empatia por quem sofre. Em outras línguas, a força secreta de sua etimologia banha a palavra com uma outra luz e lhe dá um sentido mais amplo. Essa compaixão designa, portanto, a mais alta capacidade de imaginação afetiva”.
Milan Kundera fala desse sentimento sublime no capítulo “O sorriso de Karenin”, ao tratar da doença e da morte da cachorra do casal Tomas e Tereza. Ali ele critica a teoria machina animata de Descartes para demonstrar todo o sentir da pequena Karenin, que se despede da vida com a melancolia de um sol poente. Cabe aqui registrar uma das mais belas passagens desse romance: “A verdadeira bondade do homem só pode se manifestar com toda a pureza, com toda a liberdade, em relação àqueles que não representam nenhuma força. O verdadeiro teste moral da humanidade são as relações com aqueles que estão à nossa volta: os animais”.
A insustentável leveza do ser descreve, em seguida, a cena vivenciada por Nietzsche um ano antes de morrer, já bastante desiludido com os homens.  O filósofo sai de um hotel em Turim e vê diante de si um cavalo sendo violentamente chicoteado pelo cocheiro.  Nietzsche então se aproxima do animal e, sem dizer nada, abraça-lhe o pescoço e cai em prantos. Foi a partir daí que se declarou sua suposta doença mental, embora para Kundera o significado mais profundo desse gesto – o da compaixão – não tenha sido devidamente compreendido pelos homens.
Milan Kundera mostra assim, pelas lágrimas do filósofo, a insustentável leveza que deveria existir na alma das pessoas: “É este Nietzsche que eu amo, da mesma forma que amo Tereza, acariciando em seus joelhos a cabeça de uma cachorra mortalmente doente. Vejo-os lado a lado: os dois se afastando do caminho no qual a humanidade, ’senhora e proprietária da natureza’, prossegue sua marcha para a frente”.

AUTORIA: Dr. Laerte Levai; um admirável protetor de animais, autor de vários livros.

O comentário foi encontrado no site da agência de notícias animais – ANDA





Um  breve comentário:

Estou de acordo com Nietzsche, quando disse que o homem, em seu orgulho, criou Deus a sua imagem e semelhança.
Entretanto, tenho a ligeira desconfiança de que boa parte dos kardecistas são almas estreitas, sem bálsamo e sem veneno, onde não se encontram nem a bondade e nem maldade. É como se o velado e inconsciente menosprezo por eles mesmos os levasse a uma suposta piedade geral, não direcionada, traduzida no exercício de atividades ligadas ao Espiritismo. Isso inclui a exclusão e a indiferença pelo sofrimento dos animais.

Nietzsche dizia: "quanto mais me elevo, menor pareço aos olhos de quem não sabe voar."
 Provavelmente, referia-se aos que jamais poderiam compreeender a compaixão que ele sentia pela humanidade e por todos os outros seres vivos , vivenciada como indignada e cortante intelectualdade, como se nada do que ele dissesse ou fizesse, mudasse o caos existente na profundidade da alma humana; porém o próprio filósofo
 reconhecia que é necessário ter o caos cá dentro para gerar uma estrela.

Por tudo isso, desejo que o nosso trabalho em defesa dos animais plasme em torno de nós uma aura especial, capaz de nos livrar do caos; em meio a um véu de estrelas, por toda a eternidade...


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Um comentário:

Eliane Furtado disse...

Maravilhoso.
E mais lindo ainda é a história de amor entre Rebecca e Shirley. Eu li na midia, li aqui e também aproveitei.

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